Festejos de Santa Ana e São Joaquim
Falemos um pouco, com base em escritos de vários autores, sobre a história de Sant’Ana.
Pertencente à família do sacerdote Aarão, Sant’Ana, cujo nome significa em hebraico graça e seu marido, São Joaquim pertencente à família real de Davi. Seu marido, São Joaquim, homem pio fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Deixando em casa Ana que já era idosa e estéril. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Confiante Joaquim volta ao lar e algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a Mãe de Jesus. Eram residentes em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se ergue a Basílica de Santana; e aí, num sábado, 8 de setembro do ano 20 a.C., nasceu-lhes uma filha que recebeu o nome de Miriam, que em hebraico significa “Senhora da Luz”, passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos, tendo lá permanecido até os doze anos.
Certamente, Sant’Ana foi escolhida e preparada para conceber a Mãe de Jesus. Essa concepção, ou conceição, nomenclatura própria da Teologia ao se referir a Nossa Senhora, deu-se num relacionamento conjugal normal. Porém, não foi apenas isto. Naquele momento, Deus agiu com seu poder. E o amor humano - meio necessário para se conceber com dignidade uma criança – foi engrandecido pelo amor do Espírito Santo, segundo o plano do Pai, nele operando a força redentora de Cristo, em previsão do Mistério Pascal que Ele iria abraçar, ao término de sua vida terrena.
Assim esta criança, Maria de Nazaré, foi concebida sem a mancha do pecado original que pesa sobre toda a humanidade, tendo sido preservada pelos méritos do próprio Filho, que ela iria conceber no tempo de sua maturidade feminina. Não seria admissível que Jesus, nascendo o Santo dos santos, o vencedor do mal e da morte, tivesse Mãe sujeita ao pecado. Maria pertence à nossa raça, à humanidade pecadora, que traz consigo toda a avalanche do mal, desde suas origens. Mas o próprio Jesus impediu que sua Mãe estivesse submetida a esta avalanche do mal, para fazê-la sua colaboradora mais próxima e mais poderosa na redenção dos homens.
O fato é que conceberam uma filha toda pura, abençoada por Deus, num matrimônio santo, como certamente eles viviam. E a mãe Sant’Ana transmitiu a essa filha o que ela tinha de melhor: o conhecimento dos profetas e a oração bíblica dos Salmos. Ensinou-lhe toda a história de Israel, e também lhe apresentou a perspectiva do futuro daquele povo, escolhido por Deus. O Magnificat não nasceu por acaso. Brotou em Maria, pelo conhecimento que ela tinha de personagens do passado. Uma outra Ana, que vivera séculos antes, a mãe do profeta Samuel, havia proclamado uma oração muito semelhante. Quando nos referimos a Sant’Ana, não podemos deixar de engrandecê-la como o tronco, de onde nasceu a flor que nos deu o fruto, Jesus. A árvore é a estirpe: são os avós de Jesus, Joaquim e Ana; a floração desse amor extraordinário, aperfeiçoado quase à potência incalculável, pela ação do Espírito Santo, nos deu Maria toda pura, e dela nasce o Cristo, o Santo de Deus.
Agora, é bom voltarmos o nosso olhar para as avós. O dia 26, sendo o dia da Avó de Jesus, é também o dia de todas as nossas vovós. Quem não gosta das vovós? Quanta tristeza quando as perdemos! As avós são duas vezes mães: são mães dos filhos, e segundas mães dos netos. Esta dupla maternidade lhes advém quando já adquiriram experiência da vida, o que lhes confere um enorme potencial de amor e de dedicação. Nas famílias atuais, em que pais e mães trabalham fora, as crianças são, freqüentemente, criadas pelas avós. Estas assumem uma responsabilidade muito grande, numa fase da vida em que a capacidade física e a saúde nem sempre colaboram. Mas lá estão elas, abrindo mão do seu merecido descanso, para cuidar de uma segunda geração de filhos.
Elas podem transmitir-lhes os valores que os adultos mais jovens correm o risco de abandonar, mediante a contaminação deletéria, provocada pelo mundo moderno. Muitas vezes, é nas avós que se encontra o calor do regaço materno, a segurança do núcleo familiar e principalmente, a formação religiosa adequada.
O exemplo da querida Sant’Ana nos ensina, em primeiro lugar, o amor que devemos ter a seu neto, porque Ele é o Salvador da humanidade. Ela nos leva, também, a venerar Maria com todo o reconhecimento filial.
Este é um resumo da vida de Sant’Ana. Assim como Sant’Ana, há muitas mulheres que querem engravidar e não conseguem. A essas recomendo a devoção a Sant’ Ana. Rezem fervorosamente, peçam a intercessão dela aguardem com paciência que o seu tempo vai chegar. Se não chegar é porque todo amor que você tem é para ser dedicado para o próximo de alguma forma. Há tantas crianças que necessitam de amor e de ser amadas. Talvez não tenhamos filhos de sangue mas, tenhamos filhos do coração.
Abaixo postamos algumas fotos dos festejos na Capela de Santa Ana em Sant'Ana - Distrito de Cardoso Moreira-RJ por ocasião de sua Festa dia 26 de Julho e também as fotos da festa de São Joaquim que a Capela Nossa Senhora do Rosário de Fátima da localidade de São Joaquim comemorou.
Procissão de Sant' Ana |
Procissão de Sant'Anta |
Pe David osculando a Imagem da Mãe de Maria Santíssima |
Fiéis da Capela de Sant' Ana. |
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