segunda-feira, 4 de junho de 2012


FESTA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Pe. David Francisquini



A Igreja Católica, nesse 07 de Junho, comemora uma das mais belas solenidades do seu calendário litúrgico em honra da presença real de Jesus Cristo na santa Hóstia Consagrada. A Hóstia Santa nos envolve, nesse dia, numa atmosfera celestialmente cristã de piedade, devoção e entusiasmo, pois Jesus está realmente presente no Sacramento do Divino Amor, tantas vezes ressaltado por Nosso Senhor em Seus ensinamentos. Prova disso são as próprias palavras do Salvador: “Isto é meu Corpo que por vós será entregue”; “este é meu Sangue que será derramado por muitos”, (Lc. XXII, 19-20). E ainda: “Eu sou o Pão vivo, que desci do céu. Se alguém comer deste Pão, viverá eternamente. O Pão que Eu darei é a minha Carne para a vida do mundo”, (Jo. VI, 51-52).  Debaixo das espécies do pão e do vinho está o Corpo vivo e o Sangue vivo de Cristo e por conseguinte, Jesus vivo, como, por analogia, dentro da “menina” dos olhos se retrata uma paisagem inteira. Por esta razão afirma São Luís, rei de França: “Se Cristo operasse um milagre ao fazer-se a Transubstanciação (do pão e do vinho), de modo que pudéssemos ver com os olhos o Seu sagrado Corpo, eu fechava os meus olhos para não perder o merecimento da fé”. Santo Alberto Magno faz as seguintes considerações: “O calor natural do corpo humano muda o pão e o vinho em carne e sangue; a vinha transforma em vinho a água da chuva; as abelhas, o suco das flores em mel; logo, Jesus Cristo, com mais razão, pode, pelo poder da Sua Palavra, mudar o pão na substância do Seu Corpo, o vinho na substância do Seu Sangue”.  “Aquele que tudo tirou do nada, pode também mudar o que já existe” (Santo Ambrósio).
Assim, a virtude da fé convida todos os fiéis a trilharem  e seguirem constantemente os caminhos sublimes das harmonias e belezas da única Igreja verdadeira, a qual nos ensina a presença real de Jesus na Hóstia consagrada no Sacrifício da Missa, que é, por sua vez, levada em Procissão dentro do Sagrado Ostensório, pelas principais ruas das cidades, onde se desenrolam as várias bênçãos.    
Aplica-se e comprova-se de maneira sensível e admirável as palavras da Escritura, no Antigo Testamento, que dizia que nenhum povo tinha um Deus tão junto de si quanto o povo hebreu. E, Jesus, nosso divino Mestre, nos ensina dizendo: “E eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos”, (Mat. XXVIII, 20). Em conseqüência da piedade eucarística do século XI, a festa de Corpus Christi foi introduzida na Igreja Universal pelo papa Urbano IV, aos 11 de agosto de 1264. O Ofício foi composto por Santo Tomás de Aquino, que,  por amor à tradição litúrgica, conservou algo já existente em algumas Igrejas. A Procissão surgiu em Colônia, Alemanha, espalhando-se logo por alguns países e difundindo-se por toda a Igreja pela ação do referido papa, tendo papel preponderante, Santo Tomás de Aquino. 
O amor do povo católico sempre soube encontrar o que tem de melhor em matéria de esplendor e beleza para reverenciar publicamente Nosso Senhor. Há grande criatividade na confecção dos lindos tapetes nas ruas, de sal grosso, flores, tecidos e outros materiais, que com desenhos variegados e enriquecidos pela multiplicidade das cores nos dão um aspecto fascinante e grandioso do mistério de Jesus na Hóstia Consagrada.    

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