sábado, 31 de outubro de 2015

A IGREJA CATÓLICA  E OS “IRMÃOS DE JESUS

                                                                                           

        No início muitos protestantes não negavam a virgindade de Nossa Senhora antes, durante e depois do parto, ao comentar a passagem de São Mateus (I, 25): “José (...), não a conhecia até que deu à luz seu filho primogênito”.  Alguns dentre eles até têm dignos elogios ao testemunhar a perpétua virgindade de Maria, como por exemplo, o Dr. Hickes, quando afirma que “Maria foi virgem na alma como no corpo, de tal maneira que nunca olhou com fim voluptuoso para criatura alguma; foi virgem em tudo, e era toda pureza, tanto interior como exteriormente, conservando seu corpo como santuário e lugar santo, e a sua alma como o sancta sanctorum (santa por excelência), por ser o receptáculo do Espírito Santo, o Tabernáculo do Filho de Deus”. Outro protestante, Dr. Bhamhall: “Admitimos as genuínas, universais e apostólicas tradições, como seja o Símbolo dos Apóstolos (Credo) e a perpétua virgindade da Mãe de Deus” e etc.  A doutrina sobre a perpétua virgindade de Nossa Senhora estava bem clara, a tradição era inconteste, era até ridículo não aceitá-la e incorria numa blasfêmia negá-la.
   
Contudo, os protestantes foram mudando paulatinamente, e nos tempos hodiernos afirmam que a Santa Mãe de Deus teve outros filhos além de Jesus, baseados em certas passagens do Novo Testamento que veremos abaixo, nas quais aparece o uso da expressão “irmãos de Jesus” como se elas se referissem a irmãos carnais.
É necessário entender que a língua utilizada para escrever o Evangelho de São Mateus, o aramaico, e o hebraico da Bíblia em geral, não contém a riqueza de vocábulos das línguas modernas para designar parentescos.  E, ainda, os três outros evangelistas que escreveram em grego respeitaram o modo de falar dos judeus. Esse termo “irmãos” nas referidas línguas indica diversas relações de parentesco. A palavra “irmãos”, no que se refere a Nosso Senhor, deve-se entender no sentido lato.  Na Bíblia usa-se a palavra “irmão” em sentido estrito apenas DEZ VEZES, ao passo que se emprega mais de MIL VEZES no sentido de tios, primos, sobrinhos ou qualquer outro parentesco. Além do costume judaico de os casamentos se darem dentro das tribos e famílias há de se compreender que afinidade e consangüinidade nas referidas línguas se misturam o que causa dificuldade de compreensão na exegese dos textos:
Fonte: IPCO (A luta no Céu contra os demônios)
“ Todos estes perseveraram unanimemente em oração, com as mulheres, e com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele”, (At I, 14).
“ Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago e de José, e de Judas e de Simão? Não estão aqui entre nós também as suas irmãs?”, (Mc. VI, 3).
“ E dos outros apóstolos não vi nenhum, senão Tiago, irmão do Senhor”, (Gal. I, 19).
“ Estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te”, (Mt XII, 46-47; Mc III, 31-35; Lc VIII, 19-20).
Os chamados “irmãos” de Jesus nos textos acima citados não eram por forma alguma seus irmãos no sentido estrito, mas sim primos-irmãos. Tiago e José eram filhos de Maria, mulher de Cléofas que por sua vez era prima de Nossa Senhora.  Que Tiago e José eram filhos de Cléofas é atestado por São Mateus quando expressa dizendo: “entre as quais estava Maria Madalena, e Maria Mãe de Tiago e de José”, (Mt XXVII, 56). Por sua vez São Marcos afirma: “entre as quais estava Maria Madalena, Maria mãe de Tiago o menor e de José, (Mc XV, 40). São João, em seu Evangelho descreve: “estavam junto a cruz de Jesus, sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena”, (Jô XIX, 25). Simão e Judas eram também filhos de Maria Cléofas. Consta na própria epístola de São Judas no cap. único, 1 onde diz ser irmão de Tiago. 
                                                                                  

Quem quiser entender tais passagens e só acompanhar a genealogia abaixo, composta por exegetas judeus e católicos após sérias análises e estudos de documentação antiga:



           Exemplo típico na Bíblia em que parentes próximos são chamados de irmãos: “Disse Abraão a Lot: Peço-te que não haja rixas, pois somos irmãos”, (Gn XIII, 8). Ora, Abraão não era irmão de Lot, mas tio. “Eleazar morreu e não teve filhos, mas filhas e estas se casaram com os filhos de Cis, seus irmãos ”, (I, Crônicas, XXIII, 22). Ver também: (Êxodo II, 11), (Mateus XXIII, 8), (Gênesis, XIX, 7).
            Uma pergunta cabe: porque nunca os Evangelhos chamam os “irmãos de Jesus” de “filhos de Maria”?  O que vemos, isto sim, é São Marcos chamar Jesus “O filho de Maria”, (Mc VI, 3).
            Finalmente, pela lei de Moisés, a Mãe sempre seria entregue ao filho mais velho, com o falecimento do esposo ou do filho mais velho. Assim, porque Nosso Senhor no alto da Cruz a entregou aos cuidados de São João?
            Porque querer equiparar as Sagrada Família à vida normal que rege os demais lares a respeito do dever da procriação quando todo Nela diz respeito às coisas de Deus Onipontente? Deus tem o direito e o poder de fazer obras acima das leis comuns.
            Destarte, fica comprovado, e ainda poder-se-ia citar mais argumentos de que Jesus Cristo, o Unigênito, foi filho único de Maria Santíssima.




sábado, 17 de outubro de 2015

 Padre David está 31 anos fora da Matriz
 Está conosco desde 1977

           
          Os fiéis da Igreja do Imaculado Coração de Maria, desejam lembrar ao público de Cardoso Moreira a data insigne e trágica retirada do nosso querido Padre David Francisquini da Igreja Matriz de São José, perdendo com isso o título de pároco, onde exercia com zelo e dedicação, passando para o exílio, em uma garagem do proprietário Sr Ocracino Penudo, que cedeu sobre a responsabilidade do Sr Virote, não tendo o padre aonde se abrigar, vivendo assim da generosidade de seus seguidores e admiradores, como comida, hospedagem e outras necessidades.
Batizado na Matriz de São José

Inauguração e bênção do Banco Bradesco

            Isso se deu aos 17 de outubro de 1984, ou seja, há 31 anos atrás. A retirada da Matriz ocorreu por volta das 15:30, saindo em procissão, levando o Santíssimo Sacramento na custódia, acompanhado de todos os fiéis, passando pelas ruas do centro da cidade, indo até o galpão, onde o proprietário havia estabelecido que seria uma revendedora de carros. Ali foi adaptado, dignamente para funcionar, como uma capela abrigando os fiéis que acompanham as normas, costumes e o rito tradicional da santa missa. Também o nosso padre se abrigou precariamente, e ali mesmo fazia suas refeições e os atendimentos espirituais.

            Estiveram presentes ao ato de desalojar o padre, os oficiais de justiça, para reintegração de posse, em nome da Mitra Diocesana, lacrando as entradas com arame de cobre e guarnecendo as entradas para que os fiéis não pudessem adentrar. Não faltava a presença também dos policiais à paisana  que traziam ostensivamente armas pesadas dentro de carros, numa intenção nítida de que houvesse algum tumulto por parte dos fiéis que saíram de uma maneira pacífica e ordeira pudesse levá-lo preso. Apesar da provocação por parte de autoridades que vieram cumprir o mandado de reintegração de posse, rasgando um documento que seria lavrado no livro de tombo, graças a Deus, não foi possível qualquer desentendimento.
            Apesar de tudo isso, a presença do Padre David na cidade desde 1977, foi motivo  de progresso e prosperidade, como por exemplo na Igreja Matriz realizou ampliação da torre, implantação do relógio mecânico, fundição dos sinos, ereção do Cruzeiro no Morro do Cristo.
Presépio

Apresentação em homenagem à Padroeira da igreja

Apresentação ao Imaculado Coração de Maria

            Também participou ativamente na emancipação político-social de Cardoso Moreira, como na construção dos templos religiosos, Igreja do Imaculado Coração de Maria e Capela de Nossa Senhora das Graças, atendimento aos carentes, doentes, flagelados pelas enchentes, moralização pública das escolas, fundação e instituição da Sociedade Beneficente  Milícia da Imaculada, o Centro Educacional Maria Imaculada, além de reuniões e debates políticos, religiosos e sociais. Trouxe por  duas vezes a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que verteu lágrimas em Nova Orleans.

            Uma vida dedicada aos interesses de nossa cidade, em prol  da fé, dos bons costumes e do progresso. Uma vida cheia de boas obras, um exemplo de sacerdote que incansavelmente não mediu esforços para nosso município, mesmo fora de Cardoso Moreira. Contribuiu para publicação de artigos, nos jornais e sites, no intuito da propagação da boa doutrina, ou boa imprensa. As nossas homenagens ao Padre David Francisquini que veio para Cardoso dia 27 de março de 1977, estando até hoje conosco. Os nossos parabéns!
Em nome dos fiéis,

João Carlos Ramos