sábado, 31 de março de 2012

PROGRAMAÇÃO DA
Semana Santa 2012

Igreja do Imaculado Coração de Maria
Cardoso Moreira-RJ

De 01 à 08 de abril de 2012

     “Meu povo que te fiz eu?Ou em que te contristei? Responde-me. Por  te haver  tirado     da terra do Egito, preparaste uma Cruz para o teu Salvador.
    “Porque te conduzi pelo deserto, te alimentei com o maná, e te introduzi numa terra  excelente, preparaste uma Cruz para teu Salvador.
   “Que mais te deveras fazer, que não tivesse feito? Qual vinha especiosa te plantei, e tu para mim te converteste em excessiva amargura, pois em minha sêde me deste de beber vinagre, e com uma lança atravessaste o lado de teu Salvador.
    Alimentei-te com o maná do deserto; e tu me feriste com bofetadas e açoites; e tu me     puseste    na cabeça uma coroa de espinhos.”

PROGRAMAÇÃO


Domingo de Ramos – 01 de abril

7h00 – Benção distribuição e Procissão dos Ramos Bentos. Santa Missa com leitura da Paixão.
18h - Homenagem piedosa dos fiéis ao Encontro de Jesus com sua Mãe Santíssima
em praça pública. Homens com N.Sr. dos Passos e as senhoras com a Virgem dolorosa.
19h30 - Santa Missa vespertina festiva


Segunda-feira Santa – 02 de abril

confissões: das 16h às 19h

Das 9h às 12h - Visita aos doentes
9h30- Via Sacra para as crianças
15h30 - Via Sacra para as crianças
18h -  Santa Missa
18h30 -Via Sacra solene

Terça-feira Santa – 03 de abril

Confissões: das 16h às 19h 
Das 9h às 12h - Visita aos doentes
9h30- Via Sacra para as crianças
16h30 - Via Sacra para as crianças
18h -  Santa Missa
18h30  - Via Sacra solene

Quarta-feira Santa – 04 de abril

Das 9h às 12h - Visita aos doentes    
9h30- Via Sacra para as crianças
15h30 - Via Sacra para as crianças
18h -  Santa Missa
18h30-Via Sacra solene

 Quinta-feira Santa – 05 de abril

SOLENE COMEMORAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
9h - Visita aos doentes — Confissões: Das 16h às 18h30
19h - Santa Missa Solene em que se comemoram:
I- A instituição da Eucaristia - O Sacerdócio Católico - O Novo Mandamento – O Lava-pés
II - Transladação do Ssmo. Sacramento
III - Desnudação dos Altares
IV - Adoração do Ssmo. Sacramento - Das 21h às 23h - Apostolado da Oração
- Das 23h  às 06h - Srs. ho­mens em geral

Sexta-feira Santa  -  06 de abril

Comemoração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo
(dia de jejum e abstinência) Jejum a partir de 18 anos

“Dai forças, óh meu Deus, ao estudante que vacila em proclamar o Vosso nome em plena aula ... dai forças, ó meu Deus à moça que deve proclamar Vosso nome, recusando-se a vestir os trajes que
a moda impõe... dai forças, ó meu Deus, ao apóstolo que sofre a investida inclemente dos
adversários de vossa Igreja” (Legionário, abril de 1943)
9h - Via Sacra pública e Confissões até às 12h
15h - Solene Ação Litúrgica comemorativa da Morte de Nosso Senhor
I- Parte:  Leituras; Profecias e Narração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo
II- Parte: Orações solenes
III- Parte: Adoração da Santa Cruz­
IV- Parte: Comunhão
19h — Cerimônia do Descendimento da Cruz – Sermão-  Cânticos abrilhantando o cerimonial pelo Coral da Igreja.
- Homenagem habitual de todos os fiéis ao Senhor Morto.

Obs. Todos devem empenhar-se em assistir todas às cerimônias da Semana Santa, sobretudo às procissões próprias a nos lembrar  o mistério augusto de Nosso Senhor  que deu a vida por nós, abrindo as portas do Céus e instituindo a Santa Igreja Católica, Apostólica e Romana. Não deixar de fazer uma boa confissão e receber a Sagrada Comunhão, para cumprir o preceito pascal.

 
Sábado Santo – 07 de abril
“Ó noite verdadeiramente ditosa, que foste a única a conhecer o tempo e a hora.
em que Cristo Ressuscitou do Sepulcro.”
21h - Solene Vigília Pascal comemorativa da Ressurreição;
I- Benção do Fogo Novo e do Círio Pascal;
II- Procissão do Círio Pascal;
III- Leituras;
IV- Benção da Água Batismal
- Renovação das Promessas do Batismo;
V - Santa Missa Solene da Vigília Pascal, cantado pelo coral.
Confissões: das 16h às 18h30
Aviso: todos devem trazer velas para a cerimônia


Domingo de Páscoa da Ressurreição – 08 de abril

“Possa também eu, Senhor Jesus não temer. Não temer quando tudo parecer
perdido irremediavelmente. Não temer quando todas as forças da Terra parecerem postas
em mãos de vossos inimigos. Não temer porque estou aos pés de Nossa Senhora, junto
da qual se reagruparão sempre, e sempre mais uma vez para novas vitórias,
os verdadeiros seguidores da Vossa Igreja. “(Catolicismo, março de 1951)

10:30h - Missa para as crianças com distribuição de Ovos de Páscoa.
19h - Santa Missa Solene em honra do Mistério da Ressurreição, abrilhantado pelo coral da Igreja.

domingo, 25 de março de 2012

O tempo da Paixão
Dom Béda Keckeisen - OSB

Significado deste Tempo

Com o Domingo da Paixão, iniciamos a terceira fase da preparação para a Páscoa. A Igreja concentra toda sua atenção no Senhor, que padece, e O acompanha em seu caminho de dores, que pelo ódio e pelas hostilidades dos Judeus, conduz até o Calvário. Assistimos ao conflito entre o Salvador  e os seus inimigos que Lhe recusam acolhimento. O ódio desta já não procura dissimular-se e, cada vez mais crescente, prorrompe em grosseiras injurias contra Aquele que, qual bom Samaritano, veio curar-lhes as feridas e libertá-los da morte eterna. O Salvador, às injurias que lhe fazem, chamando-O de sedutor, blasfemo, possesso do demônio, responde com toda a calma. Ele bem sabe porque assim o fazem. É vontade de seu Pai que Ele sofra tudo por aqueles que assim O perseguem. Na realização de seus desígnios os adversários de Cristo são apenas instrumentos de que Deus se utiliza para a execução de seus eternos decretos. Sobre o madeiro da Cruz, Jesus alcança a vitória final (Prefácio da Santa Cruz).

Nossos sentimentos durante este tempo

Embora Deus, Jesus Cristo sofreu todas as atrocidades das dores físicas e morais. A natureza humana padece, geme, procura salvação. Neste sentido a Igreja compreende os Cânticos das Missas destes quinze dias. E nós, com toda a confiança que temos na vitória final, não deixamos de abismar-nos nas dores de nosso Salvador. Aumenta em nós a dor por nossos pecados, que Lhe custaram tantos padecimentos. Aumenta em nós o amor por nosso Jesus que tanto sofreu por nós!
 
Particularidades deste Tempo

Para bem demonstrar a sua compaixão pelo Esposo, a Igreja omite nestes dias todos os sinais de alegria. Não se diz o Salmo Judica (Salmo 42, 1-5), ao pé do altar, nem o Glória Patri. São veladas as imagens nas Igrejas e os próprios crucifixos, em sinal de tristeza. A Igreja quer que nos concentremos o mais intensamente possível sobre a Paixão de Jesus e gravemos profundamente em nossas almas o mistério de nossa Redenção.

Missal Quotidiano - 1936 - Mosteiro de São Bento, Bahia -  Brasil.

domingo, 18 de março de 2012

Uma terna devoção a São José


Grandíssimas são as vantagens que nos traz a proteção dos santos. Se prezamos tanto, se cultivamos com tanta dedicação as boas graças dos favoritos dos príncipes, que cuidado não devemos ter para merecermos a proteção daqueles que mais elevados estão na glória, daqueles que são mais válidos e mais poder tem junto de Deus?
Conclui daqui a devoção que deves ter a São José. Que Santo mais poderoso perante a Jesus Cristo e a Virgem Santíssima do que esse que é Pai de Jesus e Esposo de Maria? Esse que, retirando-se para o Egito, salvou o próprio Salvador?
Confia na poderosa proteção deste grande santo, mas nada esqueças para que sejas digno dela. Em nenhum ano deixes de te confessar e comungar no dia da sua festa, soleniza-a com tua família, invoca-o todos os dias com uma oração particular. Toma-o para teu advogado em toda a tua vida, e nunca deixes de lhe rezar mais particularmente nas quartas-feiras de cada semana, que é o dia consagrado pela devoção dos fiéis a São José.
Poucas terras haverá onde se não entre alguma Igreja, oi pelo menos alguma capela dedicada a este grande santo.
Tem no teu quarto a imagem deste santo Patriarca, e escolhe-o para protetor particular da tua família, inspirando continuamente a teus filhos e aos que estão a teu cargo uma inteira confiança, uma terna devoção, um grande respeito a São José.
Não há no mundo estado nem condição que não possa, que não deva mesmo tomá-lo por protetor; os grandes, porque era de sangue real; os casados, porque também o foi; os artistas, porque também foi um pobre carpinteiro,; os mendigos desprezados acharão nele um verdadeiro pai; os caminhantes experimentarão o seu auxílio nas viagens, cujos incômodos e perigos o mesmo santo experimentou na que fez para o Egito. Pelo que toca a vida interior, à verdadeira devoção e à castidade, pode dizer-se que São José foi modelo dos que a professam. E que devoção não devem ter a este grande santo as pessoas que vivem na religião?
Finalmente, São José é advogado especial da boa morte; sob o seu nome e em sua honra tem-se fundado, com autoridade apostólica, muitas piedosas congregações e confrarias, para ajudarem os moribundos naquele momento. A boa morte é a obra máxima de toda a vida. Em que outra hora necessitamos de maior auxílio? E que consolação ter merecido uma boa morte por meio duma terna devoção a este grande santo, que faz sempre sentir os efeitos da sua poderosa proteção naquela última hora!
Pede a Deus todos os dias a graça da perseverança final; pede-lha por intercessão de São José.

Pe Croiset – Ano Cristão – Volume III- Março .



domingo, 11 de março de 2012


A INFLUÊNCIA DA MISSA TRADICIONAL

                                                                                                                
Pe. David Francisquini

Numa reunião de bispos brasileiros, um influente publicitário foi convidado a tratar  do marketing a ser desenvolvido pela Igreja. Surpreso, ele disse que esta já possuía um possante instrumento de propaganda, incomparavelmente superior a qualquer outro, e que se tratava tão-só de restabelecê-lo.  Exemplificou então com a missa tradicional, celebrada em latim, na qual se desenrolavam cerimônias em que até os mais simples, não obstante a linguagem misteriosa, estavam cônscios de assistir ao que há de mais sagrado. 
Importa notar – comentamos nós – que na missa tridentina, os fiéis acompanham as cerimônias em todos os seus movimentos, com postura piedosa e reverente, em respeitoso silêncio diante do sublime, tendo as mulheres a cabeça coberta com um véu, o qual já indica o traje que lhes deve corresponder. Todos acompanham passo a passo a cerimônia sagrada, cantando hinos, fazendo genuflexões, ajoelhando-se, sentando-se e levantando-se.
Por que a missa tradicional é celebrada em latim e de costas para os fiéis? Em latim, por ser a língua oficial da Igreja. E com o celebrante voltado para o tabernáculo, a fim de indicar o sacrifício que ele vai oferecer, pois a missa, de acordo com a sua própria definição, é a renovação incruenta do sacrifício do Calvário.
E é somente o sacerdote, como ministro de Deus, quem opera esse sacrifício, que é o mesmo sacrifício da Cruz, só que sem efusão de sangue. E ainda que a igreja esteja vazia de fiéis, a missa não perde por isso o seu valor; em sentido contrário, por mais lotado que esteja o templo, se o sacerdote estiver ausente, nenhuma missa se faz. Os fiéis, por seu lado, devem procurar unir-se espiritualmente ao celebrante, enquanto ele realiza aquele ato que é o mais sublime que existe na face da Terra.
Cumpre acrescentar que, ao celebrar a missa voltado para o tabernáculo, o sacerdote dá ainda exemplo aos fiéis colocando Deus no centro do culto sagrado, enquanto ele, oficiante, se põe diante da corte celestial para oficiar o sublime sacrifício da Cruz.  O altar não é horizontal e em forma de mesa,  mas vertical e perpendicular, indicando que o culto sobe até o trono de Deus em ato de adoração, homenagem, louvor, ação de graças, reparação e impetração.
Já no início da missa, aos pés do altar, o celebrante pede perdão pelos seus próprios pecados e também pelos dos fiéis presentes. Sobe os degraus do altar como outrora Cristo subiu o monte Calvário.  Os paramentos indicam a altíssima missão de sacrificador. As partes de maior interesse para a formação dos fiéis são as duas leituras: a da Epístola e a do Evangelho. São lidas em vernáculo, bem como a pregação. 
Em resumo, a riqueza de simbolismos e significados que encerra uma missa leva-nos à compenetração de que esse sacrifício santo e imaculado – oferecido por Nosso Senhor através de seus ministros sagrados, aos quais empresta as mãos, a voz, os gestos e toda a postura – indica que Ele é o pontífice do Novo Testamento que Se oferece de modo incruento no sacrifício da Nova Lei, tornando-Se verdadeiramente presente em nossos altares. A própria disposição das velas no altar, tendo ao centro o sacrário, onde está presente Jesus na hóstia consagrada, e acima o crucifixo, criam nas almas dos os fiéis o senso de que a vida tem um fim eterno que é Deus.  

(Artigo escrito e publicado em dois jornais do Noroeste Fluminense do RJ em 2006)